NOTCIAS DE SOURE
14/06/2018
Soure
MP PROMOVE II ENCONTRO DE DIREITOS EM SOURE

Combater a violncia sexual contra crianas e adolescentes, trazendo-as para o debate e alertando-as sobre seus direitos. Esse tem sido o compromisso do Ministrio Pblico do Par, quer realizou ontem, quarta-feira, o II Encontro Dilogos das Redes de Garantias de Crianas e Adolescentes, no arquiplago do Maraj. O primeiro foi em Breves. 4k1sc

Centenas de crianas e adolescentes ocuparam as dependncias do Ginsio de Esportes de Soure, para ouvirem a promotora de justia Leane Fiuza de Melo, coordenadora do Centro de Infncia do MP, alm de colegas da promotoria dos municpios vizinhos e do Procurador Geral, Dr. Gilberto Valente, das aes em defesa da infncia.

Todos foram unnimes em apontar as desigualdades sociais, a falta de boas polticas pblicas, o analfabetismo funcional e o trfico de drogas como principais motivos da vulnerabilidade de crianas e adolescentes que sofrem com a violncia sexual.

Segundo os promotores, a violncia domstica e a cultura da tolerncia tm de ser rechaadas pelas autoridades assim como as istraes pblicas que desviam recursos da sociedade em benefcio prprio, como tem sido motivo de investigaes e denncias do MP.

A aluna da 8 srie da Escola Estela Maris, Ana Luiza, fez um apelo contundente s autoridades presentes que olhem com mais carinho para as crianas, principalmente as ribeirinhas, que sofrem abuso, engravidam cedo, perdem a juventude, a autoestima e am a conviver com o medo e a vergonha. O trabalho infantil na cidade e no campo, a criana como moeda de troca, tambm foram motivo de discusses e compromissos das autoridades.

A irmo Henriqueta Cavalcante, uma das palestrantes, ressaltou o trabalho da prefeitura de Soure e das autarquias como o Centro de Referncia Social e o Conselho Tutelar, a participao das policias civil e militar, que tm trabalhado em conjunto com o promotor de justia e o juiz de direto de forma a identificar e punir os eventuais agressores. E recomendou s crianas que nos se calem nem aceitem qualquer tipo de agresso contra sua condio humana ou a roupa que est vestindo.

O prefeito Guto Gouvea destacou que a istrao tem envidado tordos os esforos para integrar crianas adolescentes em programas sociais, culturais esportivos e mais de 700 j participam dessas aes, principalmente de famlias em situao de vulnerabilidade.

E que seu maior compromisso como gestor pblico justamente buscar sanar essa chaga injusta e vergonhosa que no pode ser nunca vista como cultural e sim como crime contra a vida.

Ao final, a promotora Leane Fiuza chamou novamente a estudante Ana Luiza e ambas provocaram um momento de pacto contra o silncio entre familiares e amigos que tm medo de denunciar pessoas prximas acostumadas a abusar de crianas. "Temos que falar abertamente de sexualidade, prevenir, mostrar os direitos. Uma menina grvida aos 13 anos compromete sua vida, a do beb, desestabiliza toda a famlia. Temos que construir a cultura do respeito e direito dessas crianas, que no podem ser vista como fonte de dinheiro", desabafou.

O terceiro encontro j est agendado para So Sebastio da Boa Vista e o procurador geral afirmou que o MP no dar trgua a quem abusar da infncia.

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