
Com a inaugurao da sede do Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI), uma pareria do Governo Federal, atravs do Ministrio do Desenvolvimento Social e da Prefeitura Municipal de Portel, foram retiradas das ruas da cidade 178 crianas que viviam da mendicncia ou de pequenas vendas em ruas e bares. 1f1vj
O novo prdio tem mais de 400 m de rea construda com salas para reforo escolar, quadra de esportes e lazer, espaos de convvio das crianas com seus familiares, uma ampla cozinha que serve lanches e almoo e a rea istrativa.
Segundo lida Cavancante de Matos, coordenadora do programa, o trabalho comea com uma equipe de educadores que vo s ruas monitorar e cadastrar crianas que vendem produtos diversos para ajudar na renda familiar ou apenas mendigam. Elas so levadas para a sede do projeto onde am a ter vrias atividades educativas e ldicas e ainda recebem 70 reais mensais para permancer ali.
As famlias so adas e am a ter maior entrelaamento com os filhos naquele ambiente e so cadastradas para receber o auxlio do Bolsa Famlia, sempre acompanhadas pelas assistentes sociais que trabalham no programa.
As crianas no querem mais sair daqui porque so respeitadas em sua dignidade e cidadania reconhece o diretor do programa, Jersulino Barros. Ele aponta as aulas de capoeira, o coral de vozes formado pela garotada, as atividades educacionais como o reforo escolar que amplia conhecimentos e garante boas notas na escola e principalmente o convvio fraterno com colegas e tcnicos a razo desse despertar para uma vida melhor.
O programa ainda oferece eios ecolgicos e de lazer voltados para a preservao do meio ambiente, a relao de respeito, amizade e considerao, valores importantes para a formao do carter dos cidados do futuro, segundo Jersulino.
O programa pretende se instalar no interior onde h explorao do trabalho infantl pela prpria famlia que utiliza a mo de obra das crianas e jovens para ajudar na lavoura da mandioca, produo de farinha, pesca e atividades extrativistas. uma prtica que ultraa geraes e difcil de ser trabalhada, at com os prprios jovens que se sentem pea importante nessa estrutura de sobrevivncia", destaca lida. Tanto que as prprias escolas estabelecem um calendrio diferenciado nos perodos de plantio e colheita para que os estudantes no percam o ano letivo enquanto ajudam suas famlias no campo.
Pedro Medina